A NATUREZA DORME
Em pausa
necessária de final de ano, nossa página agradece aos leitores, colaboradores e
amigos que tornaram significante o número de acesso ao blog a nível global, mas,
sobretudo por instigar novas pesquisas e postagens sobre o meio ambiente e suas
interfaces na Ilha de Mosqueiro e no mundo amazônico.
Desejamos
um 2013 de conquistas para um mundo melhor e que a natureza seja mais
respeitada e preservada.

Autor:
Graciliano Ramos
Vejo a
tarde sumindo;
É triste
o seu andar.
A noite
vai lhe engolindo
E o Sol a
se amontanhar.
A
Natureza dorme,
No seu
habitat.
A arara
grita o seu nome
E voa pra
outro lugar.
A
mãe-da-lua se some,
Depois
começa a cantar.
É tão
pequenina,
Mas faz
tudo se acordar.
Ela chama
a lua
Pra vir
clarear.
Se esta
mata é sua,
Por que
lhe expulsar?
O
mistério da noite
É de
arrepiar!
Grita
Mapinguari,
Capelobo
quer se levantar.
A cunha
faz qui... qui.. qui..
Mas seu
lindo sorriso
Não é pra
magoar.
Índio
velho que se transformou
E não
pode mais andar.
Pra subir
a serra,
Pra rever
o mar,
Ver a
motosserra
Que vem
devastar.
O velho
quer guerra
Mas nem
pode andar.
Pra ver
aquela estrada
Que ali
vai chegar.
A jovem
índia estuprada
Vai se
apavorar.
Barulho
das máquinas
Vai se
espalhar.
Homens
com sacola
Vão
querer ficar,
Deixando
cacos de coca-cola
Para o
povo se acidentar.
É o
princípio do fim,
Tudo vai
se acabar!