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Mostrando postagens de julho 22, 2012

O que pode levar a uma cidade sustentável?

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Washington Novaes Pois não é que, enquanto o eleitor se pergunta, aflito, em quem votar para resolver os dramáticos problemas das nossas insustentáveis grandes cidades, um pequeno país de 450 mil habitantes - a África Equatorial - anuncia (Estado, 10/6) que até 2025 terá construído uma nova capital "inteiramente sustentável" de 40 mil casas para 140 mil habitantes, toda ela só com "energias renováveis", principalmente a fotovoltaica? Mas como afastar as dúvidas do eleitor brasileiro que pergunta por que se vai eliminar uma "florestal equatorial" - tão útil nestes tempos de problemas climáticos - e substituí-la por áreas urbanas? Bem ou mal, o tema das "cidades sustentáveis" entra na nossa pauta. Com Pernambuco, por exemplo, planejando todo um bairro exemplar em matéria de água, esgotos, lixo, energia, telecomunicações, em torno do estádio onde haverá jogos da Copa de 2014, inspirado em Yokohama (Valor, 24/6), conhecida como "a pri

PRINCIPAIS ESPÉCIES CAPTURADAS PELA FROTA PESQUEIRA DE MOSQUEIRO

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              A valorização dos saberes locais sobre sistemas ecológicos vem se ampliando através de diversas áreas do conhecimento científico, dentre estas a do uso e conservação dos recursos pesqueiros em comunidades tradicionais, compostas de trabalhadores que possuem a arte da pesca, apoiada nas inter-relações ambientais, subjacente aos saberes, as decisões e práticas sobre o mundo da pesca.                Na Ilha do Mosqueiro, desde os primórdios de sua ocupação por grupos nativos até os dias atuais, a pesca ainda é uma significativa atividade responsável pelo abastecimento alimentar das comunidades locais e dos visitantes. Na atualidade garante a ocupação e gera renda a trabalhadores nativos e migrantes de outros municípios como Abaetetuba, Cametá e do arquipélago marajoara, que ali se instalaram para desenvolver a prática pesqueira.               Principal elemento dessa comunidade, o pescador, se por um lado ainda está excluído das principais decisões que envolvem

Um prêmio à pioneira da agroecologia

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TÂNIA RABELLO , ESPECIAL PARA O ESTADO - O Estado de S.Paulo A agrônoma Ana Primavesi luta há 65 anos pela vida dos solos; em setembro, receberá o principal prêmio mundial da agricultura orgânica A modéstia permeia as declarações da engenheira agrônoma Ana Primavesi quando ela se refere ao One World Award - o principal prêmio da agricultura orgânica mundial, conferido pela International Federation of Organic Agriculture Movements (Ifoam). Neste ano, foi ela a escolhida para receber a homenagem, na Alemanha. "Eles distribuem o prêmio entre os vários continentes. Agora, foi a vez da América do Sul", comenta uma das precursoras do movimento orgânico no Brasil. "Estão me premiando por toda parte... Não sei para que isso", acrescenta, quase encabulada. E ouve, em seguida, que a homenagem que receberá no dia 14 de setembro, com a participação de mais de mil pessoas, entre elas a vencedora do prêmio Nobel Alternativo da Paz, a indiana Vandana Shiva, é ma

MAXIMIZAÇÃO VERSUS OTIMIZAÇÃO

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Leonardo Boff Há uma ética subjacente à cultura produtivista e consumista, hoje vastamente em crise por causa da pegada ecológica do planeta Terra, cujos limites foram ultrapassados em 30%. Nunca mais vamos ter a abundância de bens e serviços como até há pouco tempo dispúnhamos. A Terra precisa de um ano e meio para repor o que lhe extraímos durante um ano. E não parece que a fúria consumista esteja diminuindo. Pelo contrário, o sistema vigente para salvar-se, incentiva mais e mais o consumo que, por sua vez, requer mais e mais produção que acaba estressando ainda mais todos os ecossistemas e o planeta como um todo. A ética que preside a este modo de viver é a da maximização de tudo o que fazemos: maximizar a construção de fábricas, de estradas, de carros, de combustíveis, de computadores, de celulares; maximizar programas de entretenimento, novelas, cursos, reciclagens, produção intelectual e científica. A roda da produção não pode parar, caso contrário ocorre um colapso no