País discute ocupação sustentável do bioma marinho
Atento à
sua responsabilidade de garantir a ocupação sustentável do bioma marinho,
o maior do planeta, o Ministério do MEIO AMBIENTE
(MMA)
promove até esta quarta-feira (8), o Curso de capacitação de Planejamento
Territorial Marinho, ministrado pelo oceanógrafo especialista na área Alexandre
Mazzer.

Membros
da Comissão Interministerial para Recursos do Mar (CIRM) e servidores do MMA
têm a oportunidade de nivelar os conceitos, ampliar o conhecimento legal sobre
o tema e estudar casos internacionais de sucesso. O evento é realizado em
parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco).
Responsabilidade - “Temos 8 mil quilômetros de costa, 200 milhas de
zona econômica exclusiva e estamos assumindo nossa responsabilidade de planejar
a ocupação espacial marinha para conservar nosso espaço vital no futuro”,
alerta o diretor de Zoneamento Territorial do MMA, Adalberto Ebehard. “Estamos
vendo que mar, água, oceano é a vida do continente e o contrário também, os
ciclos estão cada vez mais fechados.”
Ebehard
explica que a dinâmica das águas no oceano torna impossível a limitação de
determinados territórios dentro do espaço marinho. “A gente tem um meio fluido,
que não conhece barreiras, um meio líquido, onde todas as ações dentro de 24
horas podem estar a centenas de quilômetros de distancia pelo simples fato de
mudança das correntes, mudança da maré ou dos ventos” disse. Por isso, para o
diretor, os diferentes setores precisam conversar entre si para que se pactue
uma forma coletiva e continua de sustentabilidade desse ambiente.
Tema novo –
Segundo o professor Alexandre Mazzer, a capacitação traz para o Brasil um tema
relativamente novo em todo o mundo. Ele explica que o planejamento marinho é um
processo de gestão ambiental e multissetorial, envolvendo os setores
que utilizam os recursos da rota marinha. É um conceito bastante flexível e
adaptável às realidades nacionais e regionais. “Tem grande importância para
dirimir possíveis conflitos de usos: navegação, agricultura, pesca, exploração
de óleo e gás, recreação, conservação ambiental”, explica. “E conflitos entre
os usos e os recursos naturais que podem ser incompatíveis.”
No início
de novembro o Ministério do MEIO AMBIENTE
promoverá
o Seminário Internacional de Planejamento Espacial Marinho que vai
reunir no Brasil, em Brasília, as experiências mais marcantes no que diz
respeito ao tema. (Fonte: MMA)
