Açaí reina soberano nas ilhas do baixo rio Tocantins, no Pará
De Rio Branco a Belém. De Belém a São Paulo,
passando pelas demais capitais do país, o desejo é grande e a vontade de tomar
um açaí gelado é cada vez maior. É o açaí, com seu sabor e seu poderio
energético, conquistando cidades e mais cidades do país e já varando pelo mundo
afora.
No Acre, o governo Tião Viana tem investido
maciçamente no aumento da produção de frutas regionais, principalmente o açaí,
mas o maior polo de produção desta saborosa e nutritiva fruta amazônica está
localizado no estuário do rio Tocantins, no interior do Estado do Pará.
Ali, o açaí, que está literalmente invadindo o
mundo a partir do Brasil, garante alimento, trabalho e renda para milhares de
famílias de ribeirinhos, que colhem a fruta dentro da floresta amazônica,
região detentora da maior produção em todo o território nacional.
Nas ilhas do Baixo Tocantins, que se estendem
pelos municípios de Cametá, Limoeira do Ajuru, Baião e Mocajuba, habitam 50 mil
famílias. Na Ilha de Paruru, os ribeirinhos vivem principalmente da pesca, de
programas sociais e da extração do açaí nativo.
Com poucas áreas de terra firme, a maior parte
dos terrenos das ilhas da região é de várzeas e áreas baixas, sujeitas a
alagamento. A vegetação das ilhas não conta com árvores imensas, como nas matas
de terra firme. Entre as espécies aproveitadas pelos ribeirinhos estão a
seringueira e frutos como cacau e buriti, mas quem domina o cenário são as
palmeiras.
Com nome científico, euterpe oleracea, o tipo de
açaí é o mais comum nas regiões de várzea da Amazônia. A palmeira se desenvolve
em touceiras, com vários caules, tecnicamente chamados de estipes. Além dos
frutos, que são a principal fonte de renda da região, o açaizeiro também dá um
palmito, que gera um ganho complementar. Para melhorar a produtividade das
palmeiras, as famílias adotam um manejo simples.
Uma ou duas vezes por ano, capinam a área, para
reduzir a concorrência com o mato. Outro manejo comum é o replantio: para
garantir uma boa distribuição de plantas no terreno, os produtores retiram
algumas brotações de áreas mais adensadas e replantam as mudinhas em lugares
com menos açaí.
As cheias ocorrem duas vezes por dia porque as
ilhas do Baixo Tocantins estão próximas do oceano e sofrem influência das
marés. Quando o nível do mar sobe, o leito do rio também se eleva, o que pode
trazer certos bichos para floresta. Assista a reportagem completa no vídeo
acima.
(*) Com Portal G1
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