Medicina popular na comunidade do Caruaru, Mosqueiro
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Valorizando os trabalhos
científicos tendo como palco a Ilha de Mosqueiro, Belém (Belém-PA) apresentamos
como indicação de leitura o artigo Química e etnofarmacologia de plantas
místicas em uma comunidade amazônica
de autoria de Lanalice Rodrigues Ferreira; Ana Cláudia Tavares-Martins publicado em fevereiro de 20117
na Revista Eletrônica Fitos da Fiocruz, periódico científico interdisciplinar, em acesso
aberto, sem custos para autores e de difusão gratuita, com periodicidade
trimestral, editado pelo Centro de Inovação em Biodiversidade e Saúde (CIBS)
do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo
Cruz
RESUMO
“A relação homem-planta é
cientificamente denominada de etnobotânica, na qual pesquisas que abordam as
práticas medicinais envolvem, principalmente, a botânica, a química e a
farmacologia. Assim, realizou-se um levantamento de plantas místicas utilizadas
na Comunidade Caruaru (Ilha de Mosqueiro, Belém – PA) e a relação das espécies
mais citadas com propriedades químicas e farmacológicas. Na comunidade foi
aplicada a amostragem não probabilística e a técnica bola de neve. Os dados
obtidos se deram por questionários semi-estruturados e entrevistas dialogadas.
A coleta do material botânico foi através de turnê guiada, capturando imagens
e/ou coletando-os para identificações. Na análise de dados verificou-se o
perfil dos entrevistados, o conhecimento botânico e a ocorrência de estudos
químico-farmacológicos consultando bases científicas. Foram mencionadas pelos
informantes 50 espécies, sendo identificadas 32, distribuídas em 32 famílias,
destacando-se Lamiaceae, Araceae e Rutaceae. As espécies Ruta graveolens L.;
Aellanthus suaveolens Mart. Ex Spreng.; Mansoa alliaceae (Lam.) A. H. Gentry;
Ayapana triplinervis (Vahl.) R. M. King. & H. Rob.; Ocimum basilicum L.; Pogostemon heyneanus Benth.; Conobea
scoparioides (Cham. & Schltdl.) Benth. Renealmia monosperma Miq e
Vindicá, (em identificação), foram as mais citadas (três a cinco citações) com
seis indicações de uso. Para estas plantas há investigações de cunho
químico/biológico, informações que podem respaldar futuros estudos para
verificações sobre a eficácia destes vegetais.”
PALAVRAS-CHAVE:
Etnobotânica. Ilha de Mosqueiro.
Ritos. Aspectos Biológicos. Medicina popular.
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