Notícias, estudos e protagonismo sócioambiental em práticas sustentáveis na ilha amazônica de Mosqueiro, Belém do Pará, Brasil.
Os donos do paraíso
Gerar link
Facebook
X
Pinterest
E-mail
Outros aplicativos
Jânio de
Freitas - O Estadão
Em: sosriosdobrasil.blogspot.com/
Coronéis
que conduziram o Brasil no século 19 continuam como força política
predominante.
OS
VETOS a 12 artigos e as 32 alterações que Dilma Rousseff precisou fazer, antes
de sancionar, no Código Florestal aprovado pela Câmara só pela quantidade já
oferecem uma demonstração importante sobre o poder político e social no Brasil:
os "coronéis" do meio rural que conduziram o Brasil político,
econômico e social no século 19 continuam, até hoje, por seus sucessores atuais
na agricultura e na pecuária, como força politicamente predominante.
A
longa confrontação em torno do projeto de Código Florestal parecera terminada
com o texto enfim aprovado no Senado. Nele, não estavam mais a anistia aos
desmatadores, a recomposição florestal das margens de rios, as brechas para
mais desmatamentos e outras exigências ultraconservadoras dos ruralistas.
O
governo vencera no Senado e buscava na Câmara, onde o texto dos senadores tinha
que ser votado, a confirmação da vitória.
Perdeu. A
bancada ruralista arregimentou seus aliados do conservadorismo urbano e fez a
Câmara aprovar, contra todo o empenho do governo, o texto final com tudo o que
perdera no Senado.
Os
12 vetos e as alterações presidenciais (estas a serem formalizadas por medida
provisória) recompõem o texto da maioria de senadores e aprimoram o conjunto.
Dilma Rousseff nada
introduz de muito novo no meio rural. Nada que não esteja nos acordos
internacionais de meio ambiente e nas teses que o Brasil defende nos fóruns
ambientais, como fará na Rio+20. Mas as exigências dos ruralistas não estão
inviabilizadas. Os vetos e as alterações presidenciais ainda serão submetidos
ao Congresso, para aceitação ou rejeição. E nenhum resultado será
surpreendente.
Desde
a Constituinte de 1988, quando a linhagem dos "coronéis" surpreendeu
com o Centrão e impôs a obediência da Constituição aos seus interesses, o
conservadorismo ruralista dispôs de uma alternativa simples. Ou conseguiu reverter
no Congresso o que não lhe convinha, ou manteve na prática, e sem problemas, o
que a lei deixara de admitir. Caso do desmatamento, em especial pelos
produtores de soja, pela recente pecuária na Amazônia e pelos exportadores de
madeira; caso da destruição de áreas de preservação ambiental, da invasão de
reservas indígenas, do não pagamento dos impostos rurais -e nenhum incômodo por
isso no país que faz leis para defender-se, mas não tem fiscais para
defendê-las.
Este
mesmo será o destino do Código Florestal por muito tempo, mesmo que aceitos
pelo Congresso os vetos e as alterações presidenciais. Na prática, nada, ou só
raramente alguma exceção, mudará para os "coronéis" atuais.
Se
derrubados os vetos e as alterações, também nada mudará para os "coronéis".
Para eles, o paraíso é na Terra. Aqui.
Flamboyant ( Delonix regia) Em 2010, o Museu Paraense Emílio Goeld, lançou a obra Flores da Amazônia para você Colorir/ECOLOGIA , de Paulo Bezerra Cavalcante e Ilustrações de Antonio Carlos S. Martins. Segundo seus autores, a obra é o “(....) sexto álbum para colorir da Série Infantil do Museu Goeldi tendo como tema as FLORES DA AMAZÔNIA . Apesar do título - Flores da Amazônia – aparecem algumas flores que não são originárias dessa região, pois a Floresta Amazônica não é das mais ricas e talvez seja a menos rica em plantas de flores vistosas e ornamentais. Esse tipo de flores, comuns em nossos jardins, em sua grande maioria é de procedência estrangeira,aqui introduzidas há séculos, e hoje tão bem aclimatizadas, a ponto de serem consideradas por muitas pessoas como plantas naturais da região. Existem, na verdade, algumas flores amazônic
Fruto do açaí É possível ver uma verdadeira aquarela ao passar em qualquer uma das feiras abertas de Belém do Pará. Variedade que se repete em feiras pelos municípios do interior. Mais precisamente na sessão de frutas, é incrível a variação de cores e cheiros. Não é à toa que um dos grandes destaques da biodiversidade amazônica são as frutas paraenses, conhecidas como diferenciadas pelo resto do Brasil e do mundo. Açaí – a maior conhecida -, cupuaçu, bacuri, taperebá, uxi, entre diversas outras, se constituem numa viagem sensorial para turistas, visitantes e compradores. Hoje, boa parte das frutas regionais desperta curiosidade pelos sabores únicos cada vez mais apreciados. Vinho de açaí O açaí é hoje a fruta mais exportada e conhecida da região. Aceita pelo consumidor brasileiro, se expandiu rapidamente para o mercado internaciona
Baia do Maraj A desembocadura do rio Amazonas abrange uma área de cerca de 60.000 km 2 , onde a parte sul forma um estuário com mais de 200 km de extensão, que inclui a baía do Marajó e a parte sul do estuário do rio Pará, no qual está inserida a baía do Guajará, com aproximadamente 35 km de extensão. A ilha de Mosqueiro localiza-se no estuário amazônico, mais precisamente na baía do Marajó, que compreende a região mais próxima do oceano e recebe toda a descarga do rio Tocantins, outros pequenos afluentes do rio Amazonas. Assim, apesar de possuir praias de água doce, sofre uma variação de salinidade nos meses de setembro a dezembro, em decorrência do período de estiagem. Habitação ribeirinha (Gravura: Projeto MEGAM-UFPA) A salinidade nesta baía é bastante variável: de 0 a 0,5 (*) no período chuvoso e acima de 2 no período seco, podendo chegar a 10 na sua foz. Devido a este fator ambiental, há ocorrência de abundância em biomassa e número das espécies de peixes de i